Enquanto o PT de João da Costa tem todo interesse em usar e abusar da popularidade de Lula na campanha à PCR, o PSC de Carlos Eduardo Cadoca deve seguir a estratégia de municipalizar o debate. É que a presença do PPS no palanque do social-cristão, tendo inclusive indicado o candidato a vice (jornalista Rossini Barreira), traz uma incongruência até o momento não superada em relação às posições das duas legendas sobre os governos estadual e federal.
Cadoca e o PSC fazem parte da base aliada do governo Lula.
O candidato também tem ensaiado uma discreta aproximação com o governador Eduardo Campos, participando inclusive de cerimônia no Palácio do Campo das Princesas.
Por sua vez, o PPS, que só acertou a aliança com o PSC na reta final da pré-campanha, é oposição nos dois níveis.
Daí a necessidade de restingir ao município as discussões do embate eleitoral. “Apóio Lula no Congresso”, disse Cadoca em seu discurso na convenção que homologou sua chapa, na tarde desta segunda (30), no Clube Internacional. “Ele tem sido bom para o Brasil, apesar de tudo.
Faço oposição à administração local (do petista João Paulo).
Não tem incoerência.
Tem é falta de dinheiro (para a campanha)”, declarou.
Fora do palanque, Cadoca também destacou que “Pernambuco vive um momento especial de sua economia, com a geração de empregos”, num elogio indireto ao governador Eduardo. “Mas o Recife não pode aproveitar porque precisa requalificar sua mão-de-obra”, disse, batendo no prefeito João Paulo.
Além do PPS, também integram a coligação, o PV do ex-deputado estadual João Braga, o PP do deputado federal Eduardo da Fonte e o PTC do deputado estadual Eriberto Medeiros.
Mais daqui a pouco.