Parcela significativa das famílias assistidas pelo programa Bolsa Família encontra-se ainda em situação de insegurança alimentar grave, ou seja, adultos ou crianças dessas famílias ainda passam fome.

Foi o que indicou estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Análise Social e Econômicas (Ibase), que ouviu cinco mil usuários do Bolsa Família, em 229 municípios espalhados pelas cinco regiões.

O levantamento foi realizado nos meses de setembro e outubro do ano passado, em um contexto onde ainda não se observava nos supermercados o crescimento da inflação, puxado, principalmente, pelos preços dos alimentos.

De acordo com o Ibase, uma medição exata sobre o impacto da alta dos alimentos na vida dessas famílias só poderia ser medido com uma nova pesquisa.

Mas chegou-se à conclusão de que houve piora na situação de famílias nas quais a fome ainda persistia.

O estudo demonstrou que, de acordo com a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), há fome entre adultos e crianças em 21% das famílias assistidas, o que representa cerca de 2,3 milhões de famílias (11,5 milhões de pessoas).

Outros 34%, ou seja, 3,8 milhões de famílias (o que significa um total de 18,9 milhões de pessoas) estão em situação de insegurança alimentar moderada.

Isso significa que sofrem restrição na quantidade de alimentos na família.

Da Agência Brasil