Com a retirada da pré-candidatura do deputado federal Raul Jungmann (PPS) à Prefeitura do Recife, a expectativa é a de que o partido desembarque no palanque do prefeiturável Carlos Eduardo Cadoca (PSC), esta semana.

Em troca, os pós-comunistas querem a vice.

A legenda se reúne nesta quarta (25) para oficializar seu destino.

Jungmann participou, ontem, de duas reuniões para definir o futuro da sigla, segundo sua assessoria.

Presidente nacional do PPS, o ex-senador Roberto Freire tem preferência pelo apoio ao prefeiturável do PMDB, Raul Henry.

Mas já adiantou que não obteve maioria entre os pós-comunistas e acatou a simpatia por Cadoca.

Por outro lado, adiantou que está “descartada” a hipótese de apoio ao prefeiturável do DEM, Mendonça Filho. “O indicativo que tive do partido é o apoio a Cadoca e brigar pela vice.

Mas também há o consenso de não se separar do PV”, adiantou o dirigente.

Vale lembrar que, em fevereiro, Freire trocou farpas, por meio da imprensa, com Cadoca.

Declarou ao Blog de Jamildo que a candidatura do deputado “não é carne nem peixe". “Tem uma fragilidade tremenda, porque saiu de um lado (do PMDB, do senador Jarbas Vasconcelos) e não será a oficial do outro (do PSB, do governador Eduardo Campos).

Neste sentido, pode se tornar laranja”.

Também através do Blog, Cadoca rebateu, afirmando que Freire era um “estrangeiro” no Recife. “O Recife não lembra mais quem é Roberto Freire”.

Desavenças à parte, o único entrave do PPS é convencer o PV de que apoiar Cadoca é a melhor saída.

O presidente estadual do PV, João Braga, teria preferência pela candidatura de Mendonça Filho (DEM), mas não conseguiu adesão dos correligionários.

O PV só decide sobre seu rumo na quinta-feira.

O JC não conseguiu contactar ontem Braga.