Policiais militares fazem nesta segunda-feira uma operação no morro da Providência (centro do Rio) para substituir gradativamente tropas do Exército.
Segundo o Comando Militar do Leste, os militares começaram a desocupar a favela no domingo (22).
Homens que faziam policiamento no complexo do Alemão (zona norte do Rio) estão sendo deslocados para o morro da Providência.
Na sexta-feira (20), a Justiça acatou pedido de recurso da AGU (Advocacia Geral da União) e derrubou liminar que determinava a retirada imediata do Exército do morro da Providência.
A decisão, contudo, autoriza os militares a atuar até o próximo dia 26 somente na rua Barão da Gamboa, onde são realizadas as obras do projeto Cimento Social.
Tropas do Exército foram designadas para realizar a segurança no local, entretanto, existe a suspeita de que eles atuavam em outras áreas no morro.
A Polícia Militar deslocou nesta segunda-feira mais homens para o morro, desta vez do 5º Batalhão de Polícia Militar (Zona Portuária).
Nesta manhã, eles começaram a fazer policiamento ostensivo nas ruas do morro da Providência, tarefa que, para a juíza Regina Coeli Medeiros, da 18ª Vara Federal, vinha sendo ilegalmente realizada pelo Exército.
Até as 10h30 desta segunda-feira não havia registros de conflitos na favela, segundo a polícia.
Além dos policiais do 5º BPM, o policiamento do morro da Providência é feito, normalmente, pelo GPAE (Grupamento de Policiamento em Áreas Especiais), também da PM, que fica dentro da favela.
O Comando Militar do Leste ainda não soube informar quantos militares estão na Providência nesta segunda-feira, mas ao menos metade dos cerca de 250 homens que ocupavam o morro até semana passada já saíram da favela.
Segundo decisão da TRF (Tribunal Regional Federal), o Exército tem até quinta-feira (26) para retirar totalmente as tropas da Providência.
Nesta manhã, contudo, militares ainda eram vistos circulando em áreas não autorizadas pela decisão do TRF.
Crime Onze militares do Exército são acusados de terem entregue três jovens do morro da Providência, controlado pela facção criminosa ADA (Amigos dos Amigos) a traficantes do morro da Mineira dominado pelo CV (Comando Vermelho) no dia (14).
Os jovens foram encontrados mortos no dia seguinte no lixão de Gramacho, em Duque de Caxias (município da Baixada Fluminense).
Os militares foram presos na segunda (16) confessaram, segundo a polícia, que entregaram os jovens a traficantes da Mineira.
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