Por Cláudia Parente Da coluna JC nas Ruas Em Parnamirim, bairro de classe média alta do Recife, moradores de um prédio usam segurança armada para acompanhá-los até o carro na volta ou saída de casa.

Em Camaragibe, na Região Metropolitana, grupos conhecidos como a “turma do apito” também oferecem o mesmo serviço.

Nas lacunas deixadas pelo Estado, a sociedade está dando permissão para o surgimento de um poder paralelo que pode ter sérias repercussões num futuro breve.

Esses exemplos mostram que, se em Pernambuco ainda não há milícias organizadas e articuladas com o poder público como no Rio de Janeiro, o caminho para isso já está sendo pavimentado.

Um indício são os vários grupos de extermínio com policiais entre os componentes, desbaratados pelas forças oficiais do Estado do ano passado para cá.

Esses grupos começam oferecendo proteção ao cidadão e, por fim, acabam transformando a clientela em refém.

Quem não paga, paga.

Aliás, essa extorsão já é sentida há tempos pela ação de flanelinhas, que lotearam a cidade sem sofrer qualquer repressão das autoridades ou reação popular.

Mas, por que o Estado não inibe tais abusos no nascedouro, quando ainda é possível fazer isso?

Talvez porque quem lucra com essas atividades irregulares não seja apenas os coletores de dinheiro visto nas ruas. src="https://pagead2.googlesyndication.com/pagead/show_ads.js">