A Operação João de Barro, deflagrada hoje (20) pela Polícia Federal para prisão de pessoas envolvidas em desvio de recursos destinados à construção de casas populares e estações de tratamento de esgoto em projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), não teve orientação política.
A afirmação foi feita pelo Ministro da Justiça, Tarso Genro, em entrevista coletiva à imprensa. “Todas as buscas, mandados de prisão e investigação, não têm destinação voltada a qualquer região, facção política ou ideológica.
Obedece estritamente o trabalho dos órgãos técnicos do governo”, afirmou.
Segundo o ministro, os 231 mandados de busca e apreensão e 38 mandados de prisão efetuados em 119 municípios de sete estados, são operações normais e devem continuar acontecendo.
Ele ressaltou que o sucesso das operações da Polícia Federal se devem à articulação permanente do Ministério da Justiça e do Ministério Público Federal.
Tarso respondeu aos jornalistas que o fato de a operação ter o objetivo de impedir desvios de recursos de obras do PAC não significa que o programa deve ser interrompido para uma avaliação.
Segundo o ministro, o programa deve ser acelerado, e a possibilidade maior de de desvios em obras do PAC se deve ao fato de ele ter muitos projetos.
Os projetos em que a investigação encontrou irregularidades já receberam R$ 700 milhões para sua execução e outros R$ 2 bilhões poderiam ter o mesmo destino.
Por conta do crime, sobrava menos dinheiro para a realização das obras, que não apresentaram padrão de qualidade de acordo com o previsto.
Algumas casas, inclusive, estavam com metragem inferior à determinada no projeto original, informa a nota da PF.
Da Agência Brasil