O presidente da Associação dos Oficiais, Subtenentes e Sargentos da Polícia e do Corpo de Bombeiros Militares de Pernambuco (AOSS), capitão Vlademir Assis fez duras críticas ao vice-líder do governo na Assembléia Legislativa, o deputado e major Alberto Feitosa (PR).
Segundo Assis, na manhã desta quinta (19), em sessão extra da Casa, convocada para analisar em regime de urgência 14 projetos enviados pelo governador Eduardo Campos (PSB), Feitosa defendeu o projeto 613/ 2008, que trata das promoções na PM e contraria os interesses dos oficiais. “Mais uma vez, Feitosa traiu a tropa e mostrou que é apenas um defensor do governo”, bateu o presidente da AOSS.
Por enquanto, o projeto passou apenas na Comissão de Justiça.
As direção das AOSS, da Associação dos Cabos e Soldados (ACS) e das Mulhesres de Policiais e Bombeiros Militares compareceram à Assembléia para pressionar os deputados.
Não houve mobilização da categoria.
O capitão Assis promete, no entanto, lotar as galerias da Casa quando o projeto chegar para a votação em plenário, o que deve acontecer logo, já que a matéria tramita em regime de urgência.
Entres outros pontos, o 613/ 2008 reduz de três para uma as datas em que acontecem as promoções de oficiais a cada ano.
Também cria um conselho para analisar as promoções que será presidido pelo secretário de Defesa Social, esvaziando o poder do comando da PM.
Assis enxerga na redução do número de datas uma manobra para evitar as promoção de oficiais que não interessam ao governo. “Há muitos oficiais que irão para reserva compulsoriamente antes de saírem as próximas promoções, que estão marcadas apenas para 11 de junho do ano que vem”, reclamou.
Para ele, o trabalho do governo para oxigenar o comando da corporação vai por água abaixo se o novo projeto for mesmo aprovado.
Isso porque, segundo ele, não adianta criar vagas em todos os níveis do oficialato se o número de promoções vai diminuir.
Mais daqui a pouco.