O deputado estadual e major PM Alberto Feitosa (PR) negou que o projeto 613/ 2008, que trata das promoções na Polícia Militar,venha a trazer prejuízos à corporação - ao contrário do que disse o presidente da Associaçção dos Oficiais (AOSS), capitão Vlademir Assis.

Mais cedo, aqui no Blog, o capitão Assis acusou Feitosa de trair a tropa por defender o projeto.

O parlamentar reagiu e disse que traidor é Assis que, de acordo com o deputado, responde a dois processos criminais: um por assassinato e outro por facilitação de um assalto a banco. “Ele (Assis) é matador de soldado”, bateu Feitosa. “Vá à corregedoria (da PM) e pergunte quem atirou em um soldado em um bar em Limoeiro e depois foi conferir no hospital se o rapaz estava morto”, acusou. “Pergunte também quem é que está sendo processado por facilitação de um assalto à agência do Banco do Brasil de Cabrobó”.

Para o parlamentar, as críticas que recebeu do capitão Assis se devem a uma questão pessoal.

Os dois são adversários desde os tempos em que Feitosa ainda não era deputado chegou a disputar com Assis o controle da Associação dos Oficiais. “Por que Assis não fala dos deputados Sebastião Rufino e Soldado Moisés (ambos militares), que também são favoráveis ao projeto?”, questionou.

AVANÇOS Sobre o projeto 613/ 2008, o deputado Alberto Feitosa negou que a lei diminua o número de promoções da Polícia Militar.

Segundo ele, o governo Eduardo resolveu apenas reduzir de três para um o número de datas para as promoções, de modo que o dia-a-dia normal da corporação não seja afetado tantas vezes durante o ano com as discussões sobre o assunto.

A data definida é o 11 de junho, aniversário da PM.

Feitosa também explicou que o projeto criará um conselho para analisar as promoções com maior rigor e critérios definidos, dando atenção especial a quem está no serviço operacional. “Quanto às vagas, elas estão garantidas e só existem porque eu relatei o projeto que possibilitou maior número de promoções.

Mas disso, Assis não fala”, reclamou. “Também não diz que fui eu que fiz apelo ao governador para que a Lei Complementar 59, que trata da gratificação de risco de vida, operacional e administrativo beneficiasse quem tem de se afastar do serviço quando está de licença, por exemplo”.

Entre outras reivindicações da tropa que defendeu em plenário, Feitosa relaciona ainda o passe gratuito nos ônibus. “É indiscutível o que já houve de ganho para a PM, na Assembléia, em um ano e meio de governo Eduardo”, avaliou o deputado, defendendo sua posição de vice-líder governista no Legislativo. “A PM de Pernambuco será a primeira polícia do País, junto com o Corpo de Bombeiros Militar, a ter uma carreira para praças.

A pessoa entra como soldado e pode sair como tenente-coronel da reserva”, contou, lembrando que, neste caso, o projeto deverá chegar à Assembléia em 60 dias.

Faz parte da negociação anual do governo com a categoria, que acontece em meio à discussão de salários.

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