O ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou hoje (18) que as ações de segurança realizadas pelo Exército no Morro da Providência, no centro do Rio de Janeiro, são constitucionais. “O que seria inconstitucional é se eles tomassem conta da segurança pública de uma parte do Rio de Janeiro substituindo a Polícia Militar e a polícia civil, sem o requerimento do governador”, afirmou.
De acordo com o ministro, o Exército não está realizando qualquer trabalho de segurança pública, mas de proteção dos membros da corporação que trabalham no projeto de revitalização de moradias populares na comunidade.
Quanto à permanência das tropas no morro, disse que a decisão não passa por ele. “Esta questão das tropas naquele local não passou pelo Ministério da Justiça, e nem deveria passar.
Foi um convênio do Ministério da Defesa com o governo do estado e o Exército, e é uma questão restrita, portanto, àquelas autoridades”, disse.
No último sábado (14), 11 militares do exército que atuavam no Morro da Providência prenderam três jovens moradores do morro, de 17, 19 e 24 anos.
Os três rapazes apesar de liberados pelo comandante do grupamento, foi entregue a traficantes do Morro da Mineira, rivais dos traficantes do Morro da Providência, por decisão do tenente responsável pela detenção.
Os corpos dos jovens foram encontrados no domingo (15) no Lixão de Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.