O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, praticamente condicionou o possível apoio do partido ao PT em outros Estados ao sucesso da coligação entre o PSB, o PT e o PSDB na disputa da prefeitura de Belo Horizonte.
Ele afirmou esperar receber sinalização positiva da direção nacional do PT, que vetara a participação tucana na chapa majoritária formada pelo ex-secretário Márcio Lacerda (PSB), tendo como vice o deputado Roberto Carvalho (PT), em relação à costura dos três partidos para o pleito majoritário em outubro na capital mineira. “Gestos de boa vontade nós (do PSB) só vamos ter se os gestos de boa vontade vierem também na direção do PSB”, disse.
A declaração foi feita nesta quarta (18) no Palácio das Mangabeiras, residência oficial do governador Aécio Neves, durante encontro para assinatura de ajuda mútua entre Minas Gerais e Pernambuco para a troca de informações sobre segurança pública.
O ato contou também com a participação de Fernando Pimentel (PT), atual prefeito de Belo Horizonte.
Fontes ligadas à tentativa da costura na capital mineira disseram que Campos não quer que o PSDB apóie informalmente a aliança, caso os tucanos fiquem fora da aliança.
Campos quer o PSDB na chapa majoritária.
Numa tentativa de conseguir demover o diretório nacional petista a derrubar o veto à união construída por Aécio Neves e pelo prefeito Fernando Pimentel (PT), Campos citou como exemplo o apoio dado pelo partido socialista em Estados governados pela sigla. “O PSB, por exemplo, tem três governadores de Estado: governamos o Ceará, o Rio Grande do Norte e Pernambuco.
Nos três, os governadores apóiam o PT, que tem prefeitos nas capitais”, citou.
O governador disse que agora espera a contrapartida petista para afiançar novos apoios. “Novos gestos agora (do PSB) têm que ser acompanhados de gestos também recíprocos do PT,” afirmou.
A convenção municipal do PSB em Belo Horizonte está marcada para o próximo dia 29.
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