O advogado Roberto Teixeira – compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que assessorou a venda da VarigLog para o fundo americano Matlin Patterson e três brasileiros – será o único convidado a prestar esclarecimentos, hoje (18), na Comissão de Infra-Estrutura do Senado.

Teixeira preparou um extenso powerpoint para explicar sua participação no negócio e enfatizar que sua atuação foi jurídica.

Tentará provar que combateu decisões arbitrárias da ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu – que acusa a Casa Civil de pressionar em favor do negócio – e negará ter recebido US$ 5 milhões pelo trabalho.

Os três sócios brasileiros da Variglog – Marco Audi, Marcos Haftel e Luiz Eduardo Gallo – encaminharam ao Senado um fax alegando que não poderiam atender ao convite da comissão porque participarão, no mesmo horário, do julgamento na 7ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo de agravo que pode reconduzi-los ao quadro social da Volo do Brasil (controladora da Variglog).

Segundo fontes do setor, a presença dos ex-sócios no TJSP, para uma decisão interna é desnecessária e pode ser uma tentativa de adiar o depoimento e evitar um possível confronto com Teixeira – que, por sua vez, havia pedido para falar sozinho aos senadores, evitando acareação e confronto.

Esvaziada a audiência, a oposição reconhece que não espera revelações bombásticas e está pautada pelo desânimo.