Substituir o coronel Itúrbson Agostinho dos Santos no comando geral da PM é apenas mais uma missão espinhosa que o coronel José Lopes de Souza assume no governo de Eduardo Campos.

Foi ele quem substituiu o polêmico coronel Luiz Meira na diretoria geral de Operações da PM (DGO) em julho do ano passado.

Meira havia ascendido ao posto com a fama de ser um oficial linha dura.

Ficou conhecido pela gravata que aplicou em um estudante que fazia baderna no centro do Recife durante um protesto contra aumento de passagens.

O poder acumulado por Meira - a diretoria geral da PM é, na prática, a diretoria executiva da corporação - contrariou oficiais e a própria Secretaria de Defesa Social, na época ainda ocupada pelo delegado da PF Romero Meneses.

Também pressionado por entidades da sociedade civil ligadas aos direitos humanos, o governo do Estado decidiu dividir a direção de operações da PM entre capital e interior, diminuindo a força de Meira.

O oficial não concordou, pediu para sair e foi para a reserva.

Foi aí que o coronel José Lopes de Souza, de perfil moderado, assumiu a DGO e de lá não mais saiu.

Com Meira afastado do posto, o governo desistiu de dividir a Diretoria em duas.

José Lopes de Souza tem maior aproximação com o secretário de Defesa Social Servilho Paiva. É tido como um oficial mais flexível, que não oferecerá resistências à linha adotada pela SDS.

Ele tem 54 anos e 32 de PM.

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José Lopes Coronel Itúrbson dos Santos estaria insatisfeito com SDS src="https://pagead2.googlesyndication.com/pagead/show_ads.js">