Informações de bastidores dão conta de que o coronel Itúrbson Agostinho dos Santos já havia decidido entregar o comando-geral da Polícia Militar desde abril.

Ele estaria insatisfeito com ingerências do secretário de Defesa Social Servilho Paiva sobre a condução da PM.

O estopim teria sido a nomeação do comandandante da Companhia Independente de Policiamento com Motocicletas (CIP Motos).

Itúrbson designou o Major Ângelo para o posto e teria publicado a indicação no boletim geral da PM.

Na última hora, no entanto, o secretário Servilho Paiva mandou desfazer o ato e nomeaou o capitão Queiroga.

O coronel Itúrbson só não entregou o cargo nessa oportunidade porque o coronel Romero Paiva, chefe do Estado Maior Geral da PM - na prática o subcomandante da corporação - entrou no circuito e colocou panos quentes na crise, Itúrbson saiu de férias e quando voltou, em maio, o Pacto pela Vida estava completando um ano.

Deixar o comando da PM naquela hora traria prejuízo político para o governo do Estado, que teria de explicar sua saída quando já estava às voltas com os questionamentos sobre o não cumprimento da meta prevista no plano - o governo estabelecera a redução de 12% no número de homicídios em um ano e alcançara 7%.

O coronel foi convencido a ficar por mais algum tempo.

Baixada a poeira em torno do Pacto pela Vida, ele confirmou sua vontade de sair.

Daqui a pouco, mais informações sobre o novo comandante José Lopes de Souza.

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José Lopes