O presidente colombiano, Álvaro Uribe, se encontrará com o seu colega Hugo Chávez daqui a um mês para tentar encerrar a crise diplomática que se arrasta desde o fim do ano passado.
O local ainda não foi definido, mas deve ocorrer em território venezuelano.
A viagem foi confirmada pelo próprio Uribe ontem à noite, ao fazer elogios ao mandatário venezuelano sobre suas recentes declarações criticando as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). “Quero reiterar os agradecimentos ao presidente Hugo Chávez pelos comentários que ajudam bastante para que a Colômbia ganhe rapidamente a paz definitiva”, afirmou.
A data mais provável é 15 de julho.
Há oito dias, Chávez surpreendeu ao exortar as Farc a deixar as armas e a liberar unilateralmente os 39 reféns políticos que o grupo pretende trocar por 500 rebeldes presos.
A reaproximação entre os dois presidentes ocorre depois de uma série de atritos.
No dia 11 do mês passado, irritado com a divulgação de documentos vinculando o seu governo às Farc, Chávez acusou Uribe de buscar uma guerra e prometeu que nunca mais falaria com o colega, a quem chamou de narcoparamilitar.
No início de março, Chávez anunciou o rompimento de relações diplomáticas com a Colômbia em reação ao ataque colombiano ao Equador que matou o número 2 das Farc, Raúl Reyes.
Dias depois, porém, voltou atrás.
O último encontro bilateral ocorreu em outubro do ano passado, durante a inauguração de um gasoduto binacional.
No mês seguinte, Uribe interrompeu a participação de Chávez como mediador das negociações com as Farc para a libertação dos reféns, desatando a mais grave crise diplomática bilateral em duas décadas.
Chávez não se pronunciou sobre a retomada das relações.
Mais cedo, anunciou que estava indo para Cuba visitar seu amigo Fidel Castro.