O ministro da Justiça, Tarso Genro, rebateu na tarde deste domingo (15), em sua residência em Porto Alegre, as declarações da governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, à revista Veja no último fim de semana, sobre a crise no governo gaúcho.
De acordo com a revista, Yeda vê uma conspiração para tentar desestruturar sua administração e acusa Tarso. “A governadora se mostra excessivamente tensa e vulnerável.
Os alvos que ela tem buscado atingir são equivocados”, disse o ministro.
O que Tarso também refutou com veemência foram as acusações de Yeda à atuação da Polícia Federal (PF) na Operação Rodin, sobre o desvio de verbas no total de R$ 44 milhões no Departamento de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran/RS), em matéria de O Estado de ontem. “Uma coisa não tem nada a ver com a outra.
A atuação do delegado Ildo Gasparetto foi limpa e transparente.
A Polícia Federal age dentro da legalidade.
Foi assim no caso do desvio de verbas do Detran, e também no Rio Grande do Norte, quando da prisão do filho da governadora Wilma Faria”.
O ministro da Justiça também acrescentou que é um equívoco atribuir ao delegado Gasparetto tudo que está sendo apurado sobre o Detran, quando diz que “o superintendente da PF fala somente sobre as questões estaduais, chama para entrevista, faz o diabo.
Repito que é um equívoco este comentário da governadora Yeda Crusius.
O que foi apurado pela PF foi aceito pelo Ministério Público, tanto isto é verdade que 40 pessoas foram indiciadas no caso Detran”.
Sobre a vinculação com sua filha, a deputada federal Luciana Genro e o pedido de impeachment à governadora gaúcha feito pelo seu partido, o PSOL, na semana passada, Tarso diz que são dois fatos completamente diferentes: “Adoro a minha filha, mas isto não me impede de divergir sobre o que o seu partido fez.
Eu, pessoalmente, discordo dessa atitude.
Acho que não é esse o caminho”.
A matéria da Veja é contestada por Yeda Crusius, através do porta-voz do governo estadual, Paulo Fona.
Ele diz que a expressão “República de Santa Maria” (cidade que é berço político de Tarso e Luciana), não foi dita pela governadora: “Ela não qualificou as pessoas que trabalham ou tiveram sua carreira profissional e política como “República de Santa Maria”.
Ela entendeu que teve algum tipo de mal-entendido com o repórter da revista.
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