Um inquérito poderá ser instaurado pela Polícia Federal (PF) para apurar uma suposta ligação entre o prefeito de Juiz de Fora (MG), Carlos Alberto Bejani (PTB), e o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu.

Em vídeos apreendidos durante a Operação Pasárgada, divulgados esta semana, Dirceu é citado é um deles como facilitador na liberação de R$ 70 milhões para obras no Rio Paraibuna, que corta a cidade mineira.

No vídeo (logo acima), gravado em maio de 2006, Benjani afirma, enquanto conta dinheiro supostamente de propina paga por empresários de ônibus de Juiz de Fora, que horas depois se encontraria com Dirceu em Belo Horizonte para tratar da liberação.

Em seu blog, o ex-ministro se defendeu das acusações. “Nada tenho a ver com a história de propina e liberação de recursos públicos da qual ele fala em gravação”, escreveu Dirceu nesse sábado (14).

Preso desde o último mês de abril, o prefeito Carlos Alberto Bejani é acusado de comandar um esquema de desvio de recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que é o recurso financeiro que a União repassa para que os municípios possam investir na melhoria de vida dos seus habitantes.

Nesta segunda (16), será votado o relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou, durante 65 dias, as transações suspeitas da administração de Juiz de Fora.

O documento deve indiciar não apenas o prefeito, mas também servidores públicos, empresários, secretários e advogados.

Vereadores pedirão a cassação de Bejani.