Da coluna JC Negócios, de Fernando Castilho: No dia em que a Petrobras anunciou a criação da Petroquímica Quattor – uma nova empresa onde a estatal (com 40%) e o Grupo Unipar (60%) vão reunir as empresas Rio Polímeros, Suzano Petroquímica, Petroquímica União, Unipar Divisão Química e Polietilenos União, com plantas na Bahia, São Paulo e Rio de janeiro –, o assunto principal no setor foi a série de novas refinarias que programa para o Nordeste, que vai virar exportador de combustíveis. É isso mesmo.
Depois da Refinaria Abreu e Lima, em Suape, a Região deve abrigar uma refinaria no Ceará, outra no Maranhão e uma outra no Rio Grande do Norte.
Ontem, houve reunião com o governo do Estado quando a estatal manifestou oficialmente sua intenção de estudar a viabilidade de uma refinaria, com capacidade de 300 mil bpd, para operar em 2014.
Depois, virá a do Maranhão nas proximidades do Porto do Itaqui, a 15 km do Centro de São Luís, com capacidade para processar entre 600 mil barris de petróleo/dia.
A estatal vai analisar com o governo do Estado o projeto, cuja perspectiva hoje é de investimento de US$ 20 bilhões.
Finalmente, a Petrobras anunciou que decidiu fazer, no Rio Grande do Norte, uma outra planta de refino destinada a produção de gasolina, querosene de aviação, óleo diesel e GLP para operar no ano de 2010.
Curiosamente, o argumento de tanta produção de derivados é que, a partir de 2014, o Brasil terá tanto petróleo processado com a extração do pré-sal que deverá virar exportador de derivados feitos nessas quatro novas plantas do Nordeste.
Quatro refinarias novas?
Será que vai ser tão bom assim?