Bastaram duas reuniões em Brasília para o vice-governador Paulo Afonso Feijó diluir a revolta do DEM com a gravação do ex-chefe da Casa Civil Cézar Busatto.

Após se explicar à bancada na Câmara e ao presidente do partido, deputado Rodrigo Maia (RJ), Feijó comentou as denúncias de corrupção. - A corrupção é muito maior do que se imagina.

Há dinheiro sobre as mesas - teria dito o vice, segundo parlamentares presentes.

Perguntado por Zero Hora sobre a manifestação, o vice negou ter feito novas denúncias.

O vice-governador se reuniu com a bancada às 11h50min, no gabinete da liderança do DEM na Câmara.

Sentado na cabeceira da mesa, ladeado pelo deputado Onyx Lorenzoni, candidato do partido à prefeitura da Capital, e pelo suplente Matteo Chiarelli, leu a degravação da conversa com Busatto e repetiu as denúncias sobre o Banrisul.

Uma hora depois, havia praticamente sepultado as ameaças de expulsão do partido.

Parlamentares que antes defendiam uma dura punição ao vice-governador passaram a elogiá-lo. - Ele está certíssimo.

Eu achava que era caso de expulsão, mas ele foi muito convincente.

Ganhou o apoio de todos - relatou o deputado Vic Pires (PA).

PRESOS E FERIDOS A Brigada Militar (a Polícia Militar gaúcha) impediu que uma manifestação de cerca de 800 sem-terra, pequenos agricultores, trabalhadores desempregados e estudantes chegasse às portas do Palácio Piratini, sede do governo do Rio Grande do Sul, ontem.

Durante o cerco policial houve dois confrontos que deixaram 25 pessoas feridas.

Doze participantes do protesto foram presos.

Em outra manifestação, cerca de 50 estudantes universitários e secundaristas marcharam por ruas centrais da cidade e ficaram meia hora diante do Palácio Piratini gritando palavras de ordem contra o governo gaúcho.

Não houve incidentes.

Do Zero Hora e Estado de S.

Paulo