O deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, deixou nesta quarta-feira (11) a presidência do PDT em São Paulo.
Por definição da executiva estadual e nacional, assumirá o cargo o secretário-geral da legenda no estado, Reinaldo Nogueira.
O secretário-geral informou que Paulinho entregou o cargo por vontade própria e apresentou uma carta dizendo que se afastaria para esclarecer as acusações sobre sua suposta participação no esquema de desvio de verbas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. “[A saída de Paulinho] é uma maneira de não expor o partido e qualquer ato futuro desse mês que terá convenções, definições sobre coligações. (…) A turma ia confundir um pouco.
Embora acho que o Paulinho vai estar em todas as convenções. (…) A atitude foi dele [de deixar o cargo]”, afirmou ao G1 Reinaldo Nogueira.
O afastamento do cargo é por período interderminado, até que sejam concluídas as investigações contra o deputado.
Segundo Nogueira, nos próximos dias o PDT irá publicar no Diário Oficial do estado do Rio de Janeiro - o partido é sediado no Rio - as mudanças na direção do PDT em São Paulo.
Por conta disso, o ato oficial de alteração no diretório deve acontecer somente na próxima semana.
CARTA Na carta enviada à direção nacional do PDT, Paulinho afirma ser vítima de uma “campanha de desmoralização pública baseada em acusações e denúncias falsas e manipuladas”.
Ele nega participação no esquema e justifica a licença como uma forma de se concentrar na defesa de seu mandato, uma vez que sofre processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara.
Paulinho reclama de ter sua vida invadida de forma arbitrária. “Nos obrigam a provarmos nós mesmos a inocência numa absurda inversão de valores”.
O deputado cita o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que foi obrigado a se licenciar da presidência do partido para tentar demonstrar que há uma “perseguição” contra o PDT. “Agora é comigo.
Por quê?
Porque querem tirar o protagonismo do movimento sindical no cenário político nacional.
Querem atacar os direitos conquistados e evitar novas conquistas dos trabalhadores.
Querem impedir a unidade dos trabalhadores através de suas centrais sindicais”, afirma texto da nota de Paulinho.
Do G1