Por Isaltino Nascimento* Estaremos na tarde de hoje (10) prestando homenagem ao Náutico, à Polícia Militar, à Federação Pernambucana de Futebol e a todos os pernambucanos, na Assembléia Legislativa.

O Grande Expediente Especial por mim solicitado e aprovado por unanimidade pelos demais parlamentares da Casa Joaquim Nabuco se deve ao fato de termos sido agredidos brutalmente pelo jogador André Luís, do Botafogo, de forma intolerável.

A agressão promovida por um jogador de futebol que mais parecia um marginal acabou penalizando o time alvirrubro – que teve seu estádio interditado –, exatamente por primar em reprimir a desordem.

Ainda gerou críticas – infundadas – sobre a atuação da Polícia Militar de Pernambuco, que acionada pela arbitragem em observância às normas aplicadas, realizou um trabalho firme e responsável, contendo os infratores e encaminhando-os ao Juizado do Torcedor.

Só que a atitude truculenta daquele jogador só potencializou a pujança do futebol e da torcida pernambucana, que unidos repudiam qualquer forma de discriminação.

Aqui, por mais disputas e paixões que existam entre os times, estamos unidos em nome da pernambucanidade.

Sou torcedor do Sport, mas jamais deixaria de defender qualquer outro time diante da tamanha injustiça como a que vem sendo cometida contra o Náutico por grande parte da imprensa do Sudeste e pela decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

Mas temos esperança de que isso será revertido amanhã, no julgamento do caso pela 3ª Comissão Julgadora do STDJ, que esperamos aprecie a questão com a imparcialidade devida.

Para demonstrar nossa indignação com o episódio protagonizado pelo jogador André Luís e nos solidarizarmos com aqueles que agiram para impedir a violência vamos fazer um desagravo à Polícia Militar, através do Batalhão de Choque, concedendo uma placa em nome do Legislativo à aspirante a tenente Lúcia Helena Salgueiro, ao capitão Dinamérico Barbosa, e ao comandante Luís Aureliano Barros Correia. À policial Lúcia Helena, tratada com desrespeito quando tentava restabelecer as condições do jogo, e ao capitão Dinamérico, que à frente do efetivo do Batalhão de Choque, no episódio, agiu com firmeza como deve ser feita em qualquer ação policial para impedir tumultos.

Numa demonstração de que temos uma Polícia Militar bem preparada, como bem demonstraram os integrantes do Batalhão de Choque comandado pelo coronel Luís Aureliano.

Junto com a corporação militar nos solidarizarmos com o centenário Náutico Capibaribe, que também será agraciado com a honraria, a ser recebida pelo presidente do clube, Maurício Cardoso.

E com a Federação Pernambucana de Futebol, que realiza um trabalho sério e organizado, e também será agraciada em nome de seu presidente, Carlos Alberto Gomes de Oliveira.

Não poderíamos também deixar de destacar o trabalho da Justiça, do Ministério Público, dos demais clubes futebolísticos e o comportamento exemplar da torcida pernambucana.

Que deu show ano passado, lotando nossos estádios – muitos beneficiados pelo programa Todos com a Nota – nos colocando em primeiro lugar em número de público no Brasil nos campeonatos das séries A e B.

O que se repete agora nos campeonatos disputados este ano.

Por todo o exposto não podemos permitir que episódios desta natureza gerem debates regionalizados ou diminuam a força do nosso futebol. É preciso resgatar o significado aglutinador e pacificador dos esportes, que aqui são parte da nossa tradição.

E mais uma vez não podemos esquecer que o Náutico, a Federação Pernambucana de Futebol, a Polícia Militar e os pernambucanos é que foram agredidos. *Isaltino Nascimento (www.isaltinopt.com.br), deputado estadual pelo PT e líder do governo na Assembléia Legislativa, escreve para o Blog às terças.