O ministro das Relações Institucionais, José Múcio, disse nesta segunda-feira (9) que último aumento da taxa de juros foi tomado para conter a alta da inflação.

Durante a reunião ministerial que começou nesta manhã, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, defenderam a política monetária e apresentaram aos colegas estimativas de mercado garantindo que o país cumprirá sua meta de inflação.

A meta brasileira é de 4,5%, podendo variar dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

Ou seja, se inflação ficar em 6,5% ainda estará dentro da meta. “Ministros Guido e Meirelles disseram que estamos no caminho correto.

O último aumento de juros foi uma ferramenta para manter inflação sob controle”, comentou.

Mantega disse aos colegas ainda que o mercado prevê que em 2009 e 2010 o Brasil conseguirá cumprir o centro da meta inflacionária.

Segundo auxiliares do presidente, Mantega apresentou um quadro demonstrando que apenas Brasil e Canadá estão conseguindo cumprir suas metas de inflação para esse ano.

No caso brasileiro, um pouco acima do centro da meta, que é de 4,5%.

Já os canadenses estão até abaixo da meta.

Segundo relato desses auxiliares, Meirelles disse que os dois aumentos da Selic não vão comprometer o ritmo do crescimento. “Estamos tomando medidas pra sustentar o ritmo de crescimento que é compatível com a necessidade de redução das desigualdades”, disse o presidente do BC durante a reunião ministerial.

Meirelles não falou sobre a necessidade de novos aumentos, se referiu apenas a medidas já adotadas pelo Comitê de Política Monetária (Copom), segundo Múcio.

Bolsa Família Durante a reunião, o ministro Guido Mantega mostrou um diagnóstico aos colegas sobre o impacto da inflação sobre as classes mais pobres da população.

Segundo ele, esse grupo de brasileiros sofre com uma inflação de até 8%.

Por isso, o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, está pedindo ao presidente que reajuste o benefício da Bolsa Família.

O ministro pede que os valores da Bolsa Família sejam reajustados em pelo menos 6%.

Segundo auxiliares do presidente, ele concorda com Patrus e quer um aumento do benefício para compensar os mais pobres que estão sofrendo com a alta dos alimentos.

Do G1