Advogados que atendem os envolvidos na Operação Canaã, realizada em novembro do ano passado pela Polícia Civil de Pernambuco e que resultou na prisão de 34 pessoas, por suspeita de conexão com o tráfico de drogas e grupos de extermínio, foram proibidos de entrar nesta segunda (9), pela manhã, no Fórum de Jaboatão dos Guararapes, por ordem da juíza Maria Inês Albuquerque, da Vara Privativa do Júri.
Segundo o advogado Maurício Bezerra, presidente da Promotoria de Defesa, Assistência e Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil - Secção Pernambuco (OAB-PE), a juíza iniciou hoje os interrogatórios das testemunhas por volta das 9h e não permitiu o acompanhamento dos advogados. “Ficamos sem ter acesso às dependências do Fórum por mais de uma hora, enquanto outras pessoas puderam entrar sem problemas”, denunciou Maurício Bezerra.
O advogado disse que a juíza Maria Inês Albuquerque já enfrenta duas representações na OAB-PE por dificultar a ação dos advogados que atendem os detidos da Operação Canaã e que a atitude desta segunda-feira levará a OAB-PE a entrar com outras duas reclamações: no Conselho Nacional de Justiça e no Ministério Público de Pernambuco (MPE).