Portas escancaradas Por Diogo Mainardi Da Veja “Olhe Lula.

Ele comemora a compra da Varig pela Gol.

Olhe os donos da Gol.

Eles também comemoram.

Olhe essa figura de terno cinza.

Quem é ele?

Roberto Teixeira?

O representante da Varig é Roberto Teixeira?

Lula aceita ser visto ao seu lado, sem o menor constrangimento?” Fiz esse comentário numa coluna do ano passado.

A figura de terno cinza, Roberto Teixeira, acabou me processando.

Eu sou o homem dos processos.

Falo mais com a Dra.

Wardi, minha advogada, do que com minha mulher.

Nesta semana, os desembargadores do Rio de Janeiro julgaram outro processo contra mim: o de Franklin Martins.

Ele perdeu.

Eu ganhei.

Por unanimidade: 3 a 0.

Dez anos atrás, um relatório do Conselho de Ética do PT acusou Roberto Teixeira de fazer negócios nebulosos com prefeituras petistas, abusando “de sua amizade com Lula”.

Na última quarta-feira, Denise Abreu mostrou que nada mudou de lá para cá.

De acordo com ela, Dilma Rousseff pressionou a Anac a fim de facilitar a compra da Varig pelos empresários representados por Roberto Teixeira.

Outros membros da Anac confirmaram seu relato.

Leur Lomanto declarou: “Os advogados da Varig informavam algo ao Palácio do Planalto, mas a realidade era outra”.

Quais eram esses advogados com acesso direto ao Palácio do Planalto?

Roberto Teixeira e sua filha Valeska.

Quando foi leiloada, a Varig tinha um buraco de 7,9 bilhões de reais.

A pergunta era: quem herdaria o passivo?

Alguns dos maiores escritórios de advocacia do Brasil foram consultados sobre o assunto e responderam que a própria Varig teria de arcar com a dívida.

Só os empresários reunidos em torno de Roberto Teixeira se sentiram suficientemente amparados para apostar no contrário.

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