Parte dos soldados e sargentos da polícia e dos bombeiros militares presentes na assembléia da categoria, na manhã deste sábado (7), resolveu instituir uma comissão independente para negociar o reajuste salarial da categoria com o Governo do Estado.

O governo ofereceu aumento de 10%, dividido em duas parcelas de 5% - uma em junho, outra em outubro.

As quatro entidades que representam soldados, sargentos, oficias e inativos da categria (ACS, AOSS, ASSINPE e ASS-PE) vão apresentar ao governo uma reivindicação de 25% de reajuste, também em duas etapas: 15% agora e outros 10% daqui a quatro meses.

Mas a comissão independente não abre mão de negociar com o governo uma elevação salrial de 56%. “A mesa perdeu a legitimidade.

Concluiu a assembléia sem realizar a votação”, disse Joel Maurino, o coordenador dos independentes.

A assembléia foi tumultuada.

Por pouco o deputado estadual Soldado Moisés (PSB), vice-coordenador da ACS e integrante da base aliada ao governador Eduardo Campos, não trocou tapas com um PM que o chamou de puxa-saco e covarde.

O fato é que o Governo do Estado deve fincar pé na proposta de 10% de reajuste, alegando suas limitações de caixa.

E não abrirá negociação com uma comissão independente que tenta passar por cima de quatro entidades representativas da categoria.

Até mesmo os 25% reivindicados pelas entidades não serão engolidos facilmente pelo governo.

Além do reajuste de 25%, a pauta oficial que ACS, AOSS, ASSINPE e ASS-PE apresentarão ao governa inclui os seguintes itens: 1 - Acesso aos Cursos de Formação de Sargentos, por concurso interno apenas por antiguidade e regularização dos Cursos de Aperfeiçoamento de Oficiais e Curso Superior de Polícia ainda esse ano; 2 - Descongelamento das parcelas autônomas de vantagem pessoal (compensatória, adicionais de inatividade etc); 3 - Promoção dos praças que estejam processados, tal qual ocorre com os oficiais; 4 - Concessão do vale refeição para todos servidores e Guarda Patrimonial; 5 - Modificação da lei de fixação de efetivo das corporações com incremento nas vagas de 1° sargento e subtenente, bem como a oxigenação dos praças, com as cotas compulsórias e outros mecanismos como foi adotado para os oficiais; Leia também: Coordenador da Associação de Cabos e Soldados não acredita que PMs possam caminhar para greve PMs rejeitam proposta do Governo do Estado e vão pedir 25% de reajuste