O pré-candidato do Democratas à Prefeitura do Recife, Mendonça Filho, marcou o Dia Mundial do Meio Ambiente nesta quinta-feira (5) com o lançamento da proposta de criação uma nova região político administrativa do Recife, a RPA7, uma macro zona ambiental, visando uma ocupação racional e ecologicamente responsável da maior área verde do Recife.
A nova RPA nasceria com cerca de 25% da área total da cidade, uma enorme área de verde e de mananciais no lado Noroeste da cidade. “Nossa proposta leva em consideração as características especiais de preservação daquela área verde e de mananciais, mas pretende levar a presença da gestão pública nessa área”, afirmou Mendonça, ressaltando que a proposta visa estimular a implantação de projetos como floricultura, pomares urbanos, produção de polpas de frutas e reserva ambiental e parques verde, que possam ser freqüentados pela população.
A nova RPA é área limite com os municípios de Olinda, Paulista e Camaragibe, onde já existem alguns projetos agrícolas e muitas chácaras.
Com clima puro e paisagem bucólica, a RPA7 nasceria ancorada numa área pouco habitada, com rigoroso controle urbanístico, proteção dos limites com os municípios vizinhos e buscando estancar a ocupação desordenada e clandestina.
Além disso, já existem os mananciais dos rios Beberibe e Morno, área remanescente da Mata Atlântica e está bem próxima do Centro.
Com apenas 219 quilômetros quadrados e erguida à beira do mar, Recife é iminentemente urbana.
O trecho em questão, no entanto, remete à zona rural.
Acompanhado de técnicos e jornalistas, Mendonça visitou a fazenda Mumbecas, que ocupa 57 hectares com o cultivo de flores tropicais, e mostrou como é possível uma ocupação que gera emprego e renda, sem agredir o meio ambiente.
Hoje, o Recife é dividido por seis regiões político-administrativas.
Para criar a RPA7, a idéia de Mendonça é desmembrar da RPA3 (hoje composta por 29 bairros), uma área de aproximadamente 50 quilômetros, cortada pelos rios Morno e Beberibe.
A viabilidade estrutural da proposta, segundo Mendonça, se apóia em mecanismos tributários e urbanísticos que visam apoiar e estimular atividades como “floricultura tropical – que encontra condições propícias de clima e solo -, pomares de frutas regionais, exploração racional de água mineral, sítios de recreio, Reservas Privadas de Preservação Ambiental (RPPN de mata Atlântica) e oferta áreas para compensação ambiental e seqüestro de carbono”.
Do ponto de vista gerencial, a RPA7 (com um polígono que engloba parte do bairro de Dois Irmãos, Sítio dos Pintos, a localidade de Macacos, parte de Aldeia, Paratibe e Guabiraba) contaria com uma “Brigada Ambiental”, unidade focada nas questões peculiares ao território.
Além disso, teria uma equipe técnica para elaboração de projetos, e se prestaria a apoiar universidades em pesquisa e disseminação de práticas que associem atividades econômicas com preservação ecológica.