Não existem dados oficiais, mas Pernambuco é apontado como um dos principais fornecedores de mulheres no mercado do tráfico internacional de seres humanos.
Em 2003, a Associação Brasileira de Defesa da Mulher, da Infância e da Juventude calculou que mais de 70 mil brasileiras deixaram o país para se prostituir.
O assunto será debatido nesta quarta-feira, 04, em audiência conjunta das comissões de Defesa da Cidadania e de Políticas Públicas para a Juventude, da Assembléia Legislativa.
O encontro acontece a partir das 9h no auditório do anexo I, no sexto andar.
Para participar do debate, foram convidados vários secretários do Estado, como Cristina Buarque (da Mulher), Rodrigo Pellegrino (Justiça e Direitos Humanos) e Servilho Paiva (Defesa Social), além de outras autoridades policiais, professores, representantes da Justiça e de entidades públicas e civis.
A audiência foi solicitada pelo presidente da Comissão Especial de Políticas Públicas para a Juventude, Clodoaldo Magalhães, e imediatamente acatada pela presidente da Comissão de Cidadania, Terezinha Nunes.
Dados do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crimes (UNODC) indicam que pessoas de 127 nacionalidades distintas são exploradas em 137 países, numa operação que movimenta aproximadamente US$ 32 bilhões, cerca de US$ 10 bilhões decorrentes do tráfico de pessoas e o restante do lucro estimado de atividades ou bens produzidos pelas vítimas desse crime, que é a terceira maior atividade ilícita do mundo, perdendo apenas para drogas e armas.