Diplomata de carreira, no Itamaraty, há 15 anos, e sacerdote há 13, o padre Sóstenes Arruda, 43, agora pré-candidato do PSOL a prefeito de Jaboatão, criticou nesta quarta (4) a “legião estrangeira” que tenta chegar à prefeitura do município. “Dos cerca de 15 candidatos, apenas eu e Barradas (Humberto Barradas, do PTB) nascemos lá”, bateu. “Há inclusive entre eles um que quer ser prefeito itinerante”, ironizou, sem citar o nome do ex-prefeito do Cabo e pré-candidato do PSDB Elias Gomes.

Arruda, que deverá fazer a campanha usando o nome “Padre Sóstenes”, terá sua pré-candidatura lançada nesta quinta (5), em um hotel em Piedade, com a presença da presidente nacional do PSOL, a ex-senadora Heloísa Helena.

Nesta quarta (4), ele visitou a redação do Jornal do Commercio ao lado do presidente estadual da legenda, Edilson Silva, e disse que deve entrar na disputa em uma chapa “puro sangue”, sem coligação com outros partidos. “A esquerda representada pelo PDT tem forte aproximação com ícones da direita no Estado.

Paulo Rubem procura se coligar com o PR de Inocêncio Oliveira e o PSDC de Luiz Vidal”, criticou.

Já Edilson Silva disparou contra o pré-candidato do PT. “André Campos repete uma biografia de direita, com vários problemas de ordem ética”, afirmou.

CROÁCIA O Padre Sóstenes contou já ter recebido do arcebispo de Brasília, Dom João Bras de Avis, seu superior hierárquico dentro da Igreja Católica, autorização informal para se candidatar.

Também pediu licença ao Itamaraty.

Nos últimos dois anos, ele vinha ocupando o posto de vice-chefe da Embaixada do Brasil na Croácia.

Entre 1999 e 2001, o Padre Sóstenes foi vigário assistente nas paróquias de Barra de Jangada e Prazeres.