O ministro da Defesa, Nelson Jobim, negou nesta quarta-feira (4) que tenha havido discriminação do Exército ao decretar a prisão do sargento Laci Marinho de Araújo por crime de deserção.

Araújo assumiu ser gay em uma entrevista à revista Época e revelou ter um relacionamento de 10 anos com o também militar Fernando Alcântara de Figueiredo.

O sargento foi preso na noite de terça-feira (3) em São Paulo após uma entrevista a um programa de TV. “O problema não é a discriminação.

A questão é verificar se o caso concreto se aplica às regras disciplinares do Exército”, disse o ministro, após participar de uma audiência pública na Câmara.

Jobim afirmou que o sargento foi preso por deserção por ter se afastado de suas funções e não por ser homossexual. “A informação que eu tenho é que o cidadão que foi preso estava como desertor porque tinha se afastado de suas funções e foi preso como tal”.

A prisão de Araújo foi determinada pela Justiça Militar de Brasília.

O sargento argumenta que seu afastamento do trabalho se deu por problemas de saúde.

Após ser preso, ele foi encaminhado a um hospital do Exército.

Segundo o Comando do Exército, a homossexualidade do sargento não tem relação com a prisão.

O Exército informou que se pronunciará sobre a prisão por meio de nota.

O sargento Laci disse que se ausentou do trabalho por problemas de saúde.

Ele está detido no hospital do Exército no Cambuci, no Centro de São Paulo.

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