Luiz Sérgio acusa o ex-ministro Raul Jungmann de fazer “despesas no domicílio eleitoral” com cartão corporativo, medida cuja legalidade é questionada, segundo o relator.
Jungmann teria cometido também outras irregularidades, na opinião de Luiz Sérgio, como gastos com bebidas alcoólicas, duplicidade de hospedagem e pagamento de despesas de caráter pessoal, como uma massagem que custou R$ 60, no Rio de Janeiro.
Já o ministro Francisco Weffort teria, segundo Luiz Sérgio, pagado despesas com transporte no valor total de R$ 93 mil, além de realizar pagamento de alimentação em Brasília; pagamento de hospedagem de acompanhante e altos valores gastos em restaurantes e bares do Rio de Janeiro.
Como exemplo, cita um pagamento de R$ 718,04 no Praia Bar, no Flamengo. “Se os ministros do governo Lula acusados de uso indevido do cartão corporativo devolveram dinheiro aos cofres públicos, os ministros do governo passado precisam devolver também”, afirmou em entrevista, após a leitura do relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Cartões Corporativos , o relator, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ). - Os casos citados de ministros do governo passado foram por pagamento de alimentação em Brasília, o mesmo erro cometido por ministros do atual governo que devolveram dinheiro - disse Luiz Sérgio.
No relatório, Luiz Sérgio atribui a enganos as irregularidades cometidas com cartões de crédito corporativo pelos ministros Orlando Silva (Esporte), Altemir Gregolin (Secretaria Especial da Aqüicultura e Pesca), e Matilde Ribeiro (ex-ministra da Secretaria Especial da Igualdade Racial) do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Os três devolveram recursos aos cofres públicos.