Um grupo ligado ao deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, aconselha o parlamentar a renunciar antes da abertura de processo pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara.
O pedetista tem até o início da sessão do colegiado para decidir se abre mão do mandato.
A expectativa é de que o novo presidente do conselho, deputado Sérgio Moraes (PTB-RS), instaure hoje o processo de cassação e escolha o relator Deputados ligados a Paulinho argumentam que, com a renúncia, ele poderá sair como vítima do imbróglio, além de conservar o seu poder na central sindical que comanda.
Um inconveniente, ponderam, é que nesse cenário o processo sairá da esfera do Supremo Tribunal Federal (STF), sendo remetido à Justiça comum.
Caso seja cassado, no entanto, o grupo avalia que a situação será ainda pior.
De acordo com a Polícia Federal, Paulinho teria recebido um cheque de R$ 18.397,50, correspondente ao primeiro desembolso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a Prefeitura de Praia Grande (SP), e uma ordem de pagamento de R$ 82.162,93, referente a empréstimo concedido às Lojas Marisa.
O caso de desvio de verbas do BNDES foi descoberto pela Operação Santa Tereza da PF.
O deputado nega participação no esquema.
Já atribui as denúncias a “implacável” perseguição política.
As informações são do jornal O Estado de S.
Paulo.
Da Agência Estado