O seqüestro e tortura sofridos por uma equipe do jornal carioca O Dia, que tiveram como autores integrantes de uma mílícia da Favela do Batan, na Zona Oeste do Rio, foi tema de pronunciamento da deputada Terezinha Nunes, no plenário da Assembléia hoje.

A parlamentar solidarizou-se com os profissionais agredidos e solicitou ao Governo de Pernambuco que verifique a situação das milícias no Estado. “Sabemos que existem policiais que cobram para prestar segurança à população e cometem crimes, como o extermínio de jovens”, salientou.

Terezinha lamentou “a barbaridade que estarreceu toda a sociedade brasileira” e chamou a atenção para o fato de o caso ter sido divulgado ontem, Dia Nacional da Imprensa.

E lembrou que a violência policial no Brasil será tema de discussão da Organização das Nações Unidas (ONU), hoje, na Suíça. “Devemos estar atentos a este caso.

Um país que não tem imprensa não é livre.

Um país que tortura jornalistas não pode ser considerado uma República. É preciso reagirmos, ou a democracia se tornará inviável no Brasil”, concluiu.

O deputado Pedro Eurico também comentou que dois parlamentares da bancada governista da Casa pediram providências contra a violência no Estado, nesta segunda.

Para Eurico, isso é uma prova de que a questão da criminalidade está insustentável.