Do UOL Notícias Ao comentar os dados divulgados nesta segunda-feira (02) pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que apontam que o desmatamento da Floresta Amazônica no mês de abril atingiu uma área de 1.123 Km², o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou que o “pior ainda está por vir”.

Em entrevista coletiva em Brasília, Minc disse que há uma tendência histórica de aumento do desmatamento entre os meses de junho e setembro, meses de estiagem na região e que também é feita a preparação da terra. “O pior está por vir.

Agora é o teste [DAS MEDIDAS]”, afirmou.

O teste ao que se referiu o ministro diz respeito ao impacto das medidas anunciadas por ele para tentar combater o desmatamento.

A partir deste mês, o governo federal começará a apreender o que Minc chamou de “boi pirata”, como são chamados animais que pastam em áreas de preservação, que não deveria ser usadas para a agropecuária.

Os animais apreendidos serão leiloados e os recursos encaminhados para o programa Fome Zero, segundo Minc.

Desde o mês passado, a produção grãos nestas áreas já é fiscalizada e a produção é apreendida.

A partir do dia 15, o governo vai monitorar a cadeia produtiva do que é produzido na região, como siderúrgicas, frigoríficos, madeiras e também o setor do agronegócio.

Quem compra terá que informar os fornecedores. “Hoje se compra e se lava as mãos em águas poluídas”, afirmou Minc.

Ainda segundo Minc, o ministro da Justiça, Tarso Genro, vai disponibilizar 500 homens para auxiliar no combate ao desmatamento e iniciar a formação da guarda ambiental, proposta pelo novo ministro do Meio Ambiente. “O tempo é curto a situação é preocupante, mas nós não vamos chorar o termômetro nem a seiva derramada.

As medidas são certas, só não tiveram tempo para dar resultado”, disse Minc.