O governador Eduardo Campos comemorou a aprovação das pesquisas com células tronco-embrionárias nesta quinta-feira, pelo Superior Tribunal Federal (STF).
A votação foi retomada depois de mais de dois meses de intervalo.
Eduardo gaba-se de, em 2005, quando ministro da Ciência & Tecnologia, ter publicado o primeiro edital do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para financiamento de pesquisas do gênero.
O edital previa recursos no valor de R$ 11 milhões. “Esse é um momento muito importante para a ciência brasileira. É em defesa da vida que cientistas e todos nós, eu como cristão, defendemos que fossem liberadas essas pesquisas.
Este tipo de preconceito era o mesmo que havia há muitos anos com a questão do transplante de órgãos”, comparou o governador que, há cerca de 15 dias, durante a visita do presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, a Pernambuco, voltou a defender a liberação das pesquisas. “Isso terá um efeito muito positivo no tratamento de quase cinco milhões de brasileiros portadores de enfermidades que hoje são incuráveis como algumas doenças degenerativas e também musculares.
Além disso, as células embrionárias deverão ser utilizadas para fazer com que pessoas que perderam os movimentos das pernas ou dos braços possam voltar a levar uma vida normal”, explicou.
Na opinião de Campos, as universidades brasileiras têm competência para realizar pesquisas com células-troncos embrionárias mas precisam de recursos para que as pesquisas possam avançar.