Enquanto Litoral Norte vive de promessas, a iniciativa privada aposta alto no Sul.
Nesta quinta-feira, no Pina, onde está montando seu escritório de vendas no Nordeste, o grupo Pestana, de Portugal, anunciou que estará colocando em operação até 2010 o mais novo hotel, em construção na praia do Cupe, em Ipojuca.
São R$ 60 milhões investidos.
Serão 120 apartamentos no hotel, mais 75 bangalôs a serem vendidos como empreendimento para investidores privados.
O grupo espera que 50% seja vendida a estrangeiros.
O diretor de expansão internacional do grupo, José Roquette, disse que o grupo está voltando ao Estado, depois de ter vendido o Sheraton, há 10 anos, porque o mercado local está mais receptivo a pagar as tarifas de diárias que o grupo considera viáveis. “Não é porque Pernambuco está na moda.
Moda é hoje e não é amanhã. É racionalismo puro”, explicou. É negócio para milionário.
O mais básico custa R$ 400 mil.
O mais caro, até R$ 1,3 milhões.
O grupo garante um rendimento mínimo de 6% ao ano durante os cinco primeiros anos do investimento.
Depois, a renda varia de acordo a receita das diárias hoteleiras, mas o grupo garante que sempre haverá um retorno mínimo que assegure ao proprietário arcar com os custos de manutenção.
Qual a ajuda que recebeu dos poderes públicos? “Até agora, o Estado não deu nada.
Só nos cobraram impostos.
Não acredito em Papai Noel”, afirmou.
Quando estiver pronto, o empreendimento somará de 100 a 150 postos de trabalho.
O grupo também desistiu de desistir, por hora, no Ceará, onde a prostituição queima o filme de qualquer hotel de categoria mais elevada. “Estamos dando um tempo.
Nem sempre os projetos são o que a gente quer. É o que o mercado permite.
Não achamos também a localização ideal”, desconversa.
Em conversa com o Blog, mais cedo, José Roquette, disse que um dos grandes desafios do Nordeste é resolver o problema dos vôos, me função da alta demanda por aeronaves nos próximos anos.
Ele conta que até 2020 a maioria das encomendas já está comprada pelos milionários do petróleo, no Oriente Médio.
No caso específico, o grupo opera uma companhia aérea própria, a Euro-Atlântica, que faz vôos charters. “No caso de decidirmos um vôo charter entre o Caribe, onde não temos hotel, e Recife, vamos ficar com Recife”, conta.