Um dia depois de reunir-se com a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Seguridade Social do Estado (Sindsaúde) a fim de formalizar a proposta do Governo do Estado para a campanha salarial de 2008,. em nota oficial, a Secretarias de Administração (SAD) criticou a greve na saúde.
A SAD avalia como precipitada o anúncio de greve. “Diante do montante destinado e da política de valorização dos servidores estadual colocada em prática desde o início da gestão”.
De acordo com cálculos do governo do Estado, as medidas foram definidas levando-se em consideração a pauta de reivindicação da categoria e, juntas, representam uma despesa de R$ 2,2 milhões aos cofres públicos.
O governo observa que, desde que assumiu, empenha-se para recuperar as perdas salariais da categoria. “Em 2007 acordamos a implantação da segunda etapa do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimento (PCCV), com o enquadramento por tempo de serviço, o que resultou em ganhos expressivos”, destaca o secretário de Administração, Paulo Câmara.
A medida trouxe reajustes de até 85,21% para os profissionais ocupantes do cargo de analista em saúde que passaram a ganhar R$ 2.224,95.
Antes essa faixa recebia R$ 1.200,00. “Outro aumento significativo foi para os assistentes em saúde que saíram de R$ 550,00 para R$ 932,20, um reajuste de 69,49%.
O impacto foi de 32% na folha de pagamento da Saúde.
Os servidores ainda foram contemplados com aumento de 20% no vale-refeição, que não era reajustado desde 1999, e com um novo formato de concessão do vale-transporte que não era revisto desde 2004”.
Outra medida colocada em prática em abril deste ano, foi a implantação da terceira etapa do PCCV com enquadramento por qualificação profissional, o que permitiu um reajuste de cerca de 15%.
A atual proposta é uma continuidade do esforço realizado pelo Governo visando recuperar o poder aquisitivo do funcionalismo público. “No caso em questão estamos trabalhando para valorizar cada vez mais o servidor e levantar sua auto-estima, o que conseqüentemente resultará na melhoria do atendimento à população que procura o sistema público de saúde”, explica.
O governo propôs um reajuste de 5% para todos os profissionais, entre ativos e inativos, aumento de 25% na gratificação de plantão, reajuste de 17% no vale-refeição e nova alteração no formato de concessão do vale-transporte: desconto de 1% para cargos de nível auxiliar/administrativo, 2% para o médio e 4% aos de nível superior.
Serão beneficiados cerca de 23 mil servidores vinculados à Secretaria de Saúde.
Todas essas ações colocadas em prática em 2008 representarão um impacto na folha de pagamento de 20%. “Os números mostram um ganho para o servidor da ordem de 50%, bem superior à inflação projetada de 9,15% para o período de 2007/2008”, finaliza Câmara.