O PSOL também apresentou ao Conselho de Ética um pedido de cassação do mandato do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical.

O pedido do PSOL será anexado à representação no mesmo sentido encaminhada ontem ao conselho pela Mesa Diretora da Câmara.

O partido afirma que há indícios de envolvimento do deputado em crimes ligados ao suposto esquema de desvio de dinheiro público do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apurado pela Polícia Federal na Operação Santa Tereza. “A força da denúncia complica a situação de Paulinho.

Há indícios de recebimento de vantagens pessoais e tráfico de influência, além de outros crimes”, afirmou o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ). “É algo robusto, não só pelo inquérito da PF, mas também pelas denúncias que a cada dia aparecem mais fortes.

A corregedoria nem quis fazer sindicância, enviou (o pedido de cassação) para o conselho com a unanimidade da Mesa”, disse Alencar.

Paulo Pereira da Silva nega qualquer envolvimento no suposto esquema de desvio de dinheiro do BNDES e tem afirmado que está sendo vítima de perseguição política por causa de sua atuação em defesa dos trabalhadores.

Na representação assinada pela presidente do PSOL, ex-senadora Heloísa Helena, o partido afirma que há indícios que podem caracterizar alguns crimes, além da falta de decoro, que é o objeto de apuração do Conselho de Ética. “Os atos comissivos atribuídos ao representado, de suposta participação em esquema fraudulento junto ao BNDES e de uso indevido das prerrogativas de seu mandato, podem vir a caracterizar-se, ante os fortes indícios, práticas criminosas típicas, entre as quais podemos destacar corrupção passiva, improbidade administrativa.. “, diz o documento entregue hoje ao Conselho de Ética.

O PSOL pede também que sejam ouvidos os depoimentos de João Pedro de Moura, ex-conselheiro do BNDES e consultor da Força Sindical; o empresário Marcos Vieira Mantovani; a presidente da ONG Centro de Atendimento Biopsicossocial Meu Guri e mulher de Paulinho, Elza de Fátima Costa Pereira; o prefeito de Praia Grande (SP), Alberto Mourão; e o advogado e ex-membro do Conselho de Administração do BNDES Ricardo Tosto.

Da Agência Estado