A presidente da CPMI dos Cartões Corporativos, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), abriu há pouco a reunião da comissão e fez um apelo para que os parlamentares aprovem os requerimentos em pauta.

Segundo ela, esses requerimentos podem levar às respostas de quem mandou fazer o dossiê sobre gastos do Governo FHC e com que objetivo. “Sabemos hoje que existe o dossiê, onde foi feito e quem coletou os dados.

Não sabemos ainda quem mandou nem com que objetivo”, disse a senadora.

Para Serrano, a CPMI precisa de mais tempo para esclarecer o caso do dossiê e recomendar a punição dos responsáveis.

Ela citou o senador Jefferson Peres, que faleceu na sexta-feira (23), para dizer que não compactua com nenhum acordo para encerrar os trabalhos da comissão sem que a verdade venha à tona. “Estamos no final do tempo legal, mas já está em andamento uma coleta de assinaturas para prorrogar os trabalhos por mais 30 dias”, afirmou.

A senadora afirmou que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, mentiu quando esteve na Comissão de Infra-Estrutura do Senado, ao negar a existência do dossiê.

O deputado Carlos Willian (PTC-MG), no entanto, disse que a ministra não mentiu e chamou de “golpe” a convocação dela pela comissão do Senado, já que o requerimento aprovado dizia que a ministra deveria prestar esclarecimento sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e não sobre o dossiê.