O senador Paulo Paim (PT-RS) voltou, nesta terça-feira (27), a insistir na tese de que a Previdência brasileira é superavitária.

O tão falado déficit ou rombo seria decorrência de desvio do dinheiro dos contribuintes para a composição do superávit primário, a reserva feita pelo governo para o pagamento de juros.

O parlamentar gaúcho explicou que o desvio não se dá apenas em relação ao montante “descontado religiosamente todo mês do trabalhador e do empregador”, mas igualmente dos recursos da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), de parcela da arrecadação com jogos lotéricos, e de outras contribuições dirigidas à Previdência Social.

Paim reforçou seus argumentos citando matéria publicada pelo jornal O Dia sobre as possibilidades de rendimento dos valores pagos à Previdência se fossem aplicados no mercado financeiro.

O jornal apresentou cálculos feitos pela GVS Consultoria segundo os quais um trabalhador que tivesse contribuído por 35 anos sobre três salários mínimos teria, ao parar de trabalhar, aos 55 anos, aposentadoria de R$ 690,41.

Se a mesma quantia fosse depositada na caderneta de poupança, ele teria acumulado R$ 354,00 mil e poderia sacar R$ 1.773,76 ao mês, ou seja, R$ 1.083,35 a mais, só de juros, sem mexer no capital. - Eu sempre desconfiei que o trabalhador ganharia mais se poupasse o dinheiro.

A pergunta que fica é: para onde vai esse dinheiro? - questionou Paim.