“Sabemos que foi feito um dossiê, onde foi feito e quem coletou os dados.

A ministra Dilma [Rousseff, da Casa Civil] não falou a verdade, ao negar a existência do dossiê, quando veio ao Senado.

Mas ainda não sabemos quem mandou fazer o dossiê e por que foi feito”.

Com essas observações, a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) defendeu, ao abrir a reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Cartões Corporativos, a acareação entre o consultor legislativo do Senado André Fernandes e o ex-secretário de Controle Interno da Presidência da República José Aparecido Nunes Pires.

A presidente da CPI Mista acredita que essa é uma condição para que sejam conhecidas todas as informações sobre o vazamento de dados de gastos sigilosos do governo Fernando Henrique Cardoso.

Em reação às declarações de Marisa, o relator, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), disse que a senadora, na presidência da reunião da CPI Mista, não poderia defender o requerimento de acareação.

O relator voltou a afirmar que uma possível acareação não irá contribuir para a elaboração de seu relatório sobre uso do cartão corporativo pelo governo federal.

Outros deputados da base do governo também se manifestaram contrários às afirmações de Marisa Serrano.