O comentário entre os políticos em Brasília é de que o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, não deve resistir ao pedido de abertura de inquérito no Conselho de Ética da casa.

Vai renunciar antes disto, pois, depois de aberto o processo, ele não pode mais renunciar e perde direitos políticos.

Na semana passada, Paulinho entrega sua defesa e disse que está sendo perseguido.

Negou qualquer envolvimento em um suposto esquema de desvio de recursos do BNDES desvendado pela Polícia Federal (PF) na Operação Santa Tereza.

Paulo Pereira da Silva disse ao corregedor que é vítima de acusações infundadas e que está empenhado em descobrir quem está por trás da “armação”.

Sem citar nomes, o deputado disse ainda que é alvo de descontentes com sua atuação em defesa dos trabalhadores e das centrais sindicais.

O deputado também negou que o antigo assessor da Força Sindical João Pedro de Moura integrasse o quadro de profissionais comissionados de seu gabinete.

A PF afirma que encontrou um cartão de Moura no qual este é identificado como “assessor parlamentar” de Paulinho.

João Pedro de Moura é considerado responsável pela ligação da organização criminosa com o BNDES.

Inocêncio Oliveira receberá do Ministério Público Federal, nesta semana, documentos da PF sobre o suposto envolvimento de Paulinho em esquema de desvio de verbas.