Do Congresso em Foco A menos de 20 dias do início das convenções partidárias – que começam no dia 10 de junho e definirão as coligações e os candidatos que disputarão as próximas eleições municipais –, o quadro de alianças ainda não está fechado na maioria das capitais brasileiras.

Levantamento feito pelo Congresso em Foco mostra, no entanto, que a principal aliança de oposição (PSDB e DEM) ao governo Lula no Congresso Nacional não deverá se consolidar no primeiro turno em pelo menos 14 capitais.

O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), atribui a falta de sintonia entre os dois partidos às particularidades políticas de cada região. “Cada município tem uma realidade”, se limitou a constatar Guerra.

Já o presidente nacional do DEM, o deputado Rodrigo Maia (RJ), se espantou diante do número de capitais em que o partido irá se coligar com os tucanos. “Oito?

Temos isso tudo?”, brincou.

Dentre essas oito, constam também capitais onde os dois partidos irão se coligar para defender a candidatura de uma terceira legenda. É o caso de Manaus, onde o ex-governador Amazonino Mendes (PTB) busca uma ampla aliança para tentar derrotar o atual prefeito, Serafim Corrêa (PSB).

Em outras quatro capitais (Belém, João Pessoa, Porto Velho e Aracaju), o cenário de aliança entre os dois partidos ainda está completamente indefinido.

Dormindo com o inimigo Apesar do tom irônico, Rodrigo Maia disse que hoje não tem mais o sentimento de estar “dormindo com o inimigo”, como havia dito há dois meses.

Na época, o deputado criticava a decisão do diretório tucano do Rio de apoiar a candidatura de Fernando Gabeira (PV-RJ), em detrimento da deputada Solange Amaral (DEM-RJ), pré-candidata do partido à sucessão de seu pai, o prefeito César Maia. “Acredito que as coisas estão mudando com o atual presidente do PSDB, Sérgio Guerra.

A nossa relação tem sido muito positiva”, ressaltou o deputado ao Congresso em Foco.