Do UOL O senador Tião Viana (PT-AC) disse nesta terça-feira que não divulgou a informação sobre a suspeita de o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), ser o responsável pelo vazamento do dossiê com gastos da gestão Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
O petista disse ter procurado o tucano para contar que havia comentários que levantavam suspeita sobre seu nome. “Tenho o dever de avisar o amigo, [COMO FIZ].
Desde então não falei com mais ninguém”, afirmou no plenário do Senado.
Viana disse ter ficado decepcionado com a reação do tucano. “Jamais eu me envolveria numa coisas dessa.
Se alguém aqui está decepcionado, sou eu.” Virgílio afirmou que recebeu ontem um telefonema de Viana, no qual o petista relatou que o chefe-de-gabinete do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) informou a um servidor de seu gabinete que o dossiê foi encaminhado ao líder tucano.
Irritado com o telefonema de Viana, Virgílio sinalizou que está disposto a romper os laços de amizade com o petista após o ocorrido. “Tive uma decepção profunda com o senador Tião Viana. (…) Até o momento, ele era um dos meus mais diletos amigos nesta Casa.
Foi para mim que o senador Tião ligou quando foi acusado de violar o sigilo do caseiro Francenildo Costa.
Por isso digo que não sou homem exato para fazerem brincadeiras comigo”, enfatizou.
O tucano disse que Viana lhe pediu para manter seu nome em sigilo, mas prometeu revelar o diálogo travado com o petista da tribuna do Senado. “Ele [VIANA]me procurou ontem e me disse que o chefe-de-gabinete do senador Dias teria conversado com o chefe-de-gabinete dele e dito que havia passado para a minha liderança o dossiê do Aparecido.
Liguei em tom duro para o chefe-de-gabinete do senador Dias”, enfatizou.
O senador Gerson Camata (PMDB-ES), que presidia a sessão no Senado, tentou apaziguar os ânimos. “A presidência espera que Vossas Excelências possam se reconciliar.”