O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta terça-feira (20) a burocracia que, segundo ele, prejudica o andamento das obras no Brasil. “Este é o Brasil.

Este é o país jurídico que nós criamos.

O defeito não é individualmente de ninguém, é do coletivo.” Em discurso durante lançamento de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Santos (SP), Lula disse que a tramitação de projetos é um processo demorado. “Começa a correr toda a papelada dentro do governo e essas coisas demoram (…) e quando a gente acha que está tudo correndo bem, tem a questão ambiental.

Quando está resolvido, o Ministério Público diz que está errado, vai para a Justiça e somos obrigados a esperar.” A ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, presente ao evento, foi novamente chamada de “mãe do PAC” pelo presidente, que reafirmou que o programa é apartidário. “Estamos perto da época eleitoral.

A sociedade nos ensinou que há o momento da eleição e depois do momento da eleição, tem que governar”, disse.

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), também defendeu o caráter apartidário da administração pública. “Na eleição a gente disputa, e no governo a gente soma esforços”, afirmou.

No palco montado para a cerimônia, estavam prefeitos da região, os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP) e Aloizio Mercandante (PT-SP), o presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e os ministros do Turismo, Marta Suplicy, das Comunicações, Hélio Costa, da Previdência, Luiz Marinho, das Cidades, Márcio Fortes, além de Dilma Rousseff.

De acordo com a Presidência da República, as obras estão orçadas em R$ 349,1 milhões, sendo que o governo federal participará com R$ 220,6 milhões.

São obras de urbanização de favelas e construção de moradias na cidade de Santos, Cubatão, Guarujá, e São Vicente.

Do G1