Da editoria de Economia Suape não deve ser reconhecido nos quatro cantos do Brasil apenas como o maior pólo de desenvolvimento econômico de Pernambuco nos próximos anos.

Pelo menos é o que planeja o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que quer transformar o entorno do Complexo Industrial Portuário em referência de planejamento territorial urbano para o País.

A instituição financeira, comandada pelo pernambucano Luciano Coutinho, escolheu a região como projeto-piloto para colocar em prática a política nacional de apoio a arranjos produtivos locais.

Nesta sexta-feira, Coutinho participou de evento realizado pela Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe) para discutir a Atuação do BNDES no Desenvolvimento Sustentável do Território Estratégico de Suape.

Falando para uma platéia de empresários e políticos, no auditório do Senai praticamente lotado, o economista explicou que a escolha de Suape foi motivada pelo acelerado desenvolvimento da região. “Já estão em construção em Suape grandes empreendimentos como a Refinaria Abreu e Lima e o Estaleiro Atlântico Sul (EAS).

Planejar o crescimento da região e prevenir os possíveis impactos negativos é a forma mais eficiente de garantir a sustentabilidade da região”, assinalou.

O BNDES deve saber que o desafio não será dos menores.

Integrado pelos municípios de Ipojuca, Cabo de Santo Agostinho, Jaboatão dos Guararapes, Moreno e Escada, o Território Estratégico de Suape é o retrato da concentração do desenvolvimento econômico e das lacunas na área social.

O presidente do BNDES também sinalizou positivamente para aumentar o valor do financiamento para o Estaleiro Atlântico Sul, que anunciou a ampliação do investimento de R$ 667,4 milhões para R$ 1,2 bilhão para dobrar de tamanho. “Considerando o aumento da carteira deles, poderemos fazer um aditivo no contrato”, diz Coutinho.

O financiamento contratado com o EAS é de R$ 513,4 milhões.

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