O pré-candidato do Democratas à Prefeitura do Recife, Mendonça Filho, criticou duramente a PCR, durante o encontro que reuniu demais pré-candidatos a prefeito e vereador, na manhã de hoje, no Recife. “O ensino público no Recife é um descalabro em toda linha e uma prova disse é que a Prefeitura investiu apenas 22% de seu orçamento em educação, quando a Constituição preconiza que sejam investidos 25%. “Vai precisar de uma total reformulação no que diz respeito à gestão e à didática Durante anos a fio se pensou que a solução era apenas investir na infra-estrutura das escolas.

Não que isso não seja importante, mas o mais urgente é mudar a política de educação: capacitar professores e gestores, implantar um sistema onde se possa medir resultados e estipular metas”, defendeu.

No evento, o candidato dos Democratas difender juntar forças no sentido de aplicar um novo modelo de gestão à educação pública. “De longe, o maior problema que a educação enfrenta no Brasil é a falta de um modelo eficiente de gestão, onde exista controle, prazos e metas”, frisou.

Mendonça apresentou à platéia um diagnóstico da situação da educação nos níveis federal, estadual e municipal, seguido da experiência das Escolas em Tempo Integral, implantadas nos Governos de Jarbas e Mendonça.

Na sua palestra, Mendonça atribuiu o desempenho ruim da educação no País a vários fatores, entre os quais a grande confusão de atribuições entre as três esferas do poder público.

Em sua apresentação, Mendonça lembrou o alarmante último lugar que o Recife ocupa no ranking do Ministério da Educação, relativo à qualidade do ensino nas 27 capitais brasileiras. “É um completo absurdo.

Não se trata de antepenúltimo, ou penúltimo, o que já seria degradante.

Recife tem o pior ensino entre todas as capitais, o que é resultado direto de uma política que não privilegia a gestão e sim o empreguismo e a ineficiência”, afirmou.

Mendonça afirmou que, ao avaliar os resultados da educação brasileira, pode-se dizer que a escola pública de hoje é, via de regra, feita para não funcionar. “Nosso compromisso é fazer com que ela funcione como deve: formando cidadãos e contribuindo para um Recife melhor.

Isso nós já provamos que somos capazes de fazer", completou.

No Estado Apontando a Escola Integral como o caminho para uma educação de qualidade no Recife, Mendonça apresentou resultados positivos dos Centros Experimentais de Ensino. “No ENEM de 2006, por exemplo, a nota média nacional ficou em 44,15, enquanto nosso Centro Experimental do Ginásio Pernambucano obteve 51,57.

Em 2007, quando a média nacional aumentou para 51,44, obtivemos 61,95”, disse Mendonça.

Nos vestibulares de 2006 e 2007, de acordo com ele, o percentual de aprovação entre as escolas da rede pública nas três principais universidades do Estado (UFPE, UPE e UNICAP) foi de 67%.

Segundo Mendonça, embora o desempenho da educação pública em Pernambuco ainda apresente desempenho desanimador, a experiência e o resultado dos Centros de Ensino Experimental comprovam que “encontramos a solução” para a educação de qualidade. “Adotamos uma nova política de gestão, além de uma didática diferenciada para os alunos, e os resultados são excelentes e que são referência no País”, completou.