O presidente Luiz Inácio Lula da Silva triplicou o limite para o aumento de gastos com o funcionalismo público federal neste ano.
A lei orçamentária limitava o aumento das despesas do Executivo federal com reestruturação de cargos, carreiras e revisão de remunerações dos servidores a R$ 3,4 bilhões.
Ontem, esse teto foi ampliado para R$ 10,96 bilhões.
Por meio de medida provisória que circulou ontem em edição extra do Diário Oficial da União, com data de 14 de maio, o presidente abriu crédito extraordinário no valor de R$ 7,56 bilhões para que o Ministério do Planejamento gaste com a reestruturação de cargos, carreiras e revisão de remunerações.
Os aumentos salariais beneficiarão funcionários civis e militares.
Os R$ 7 56 bilhões se somam aos R$ 3,4 bilhões originais, totalizando R$ 10,96 bilhões, que passa a ser o novo limite orçamentário para essas despesas.
Quando o governo perdeu a receita da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), a área econômica chegou a anunciar que reduziria o aumento previsto dos gastos com pessoal neste ano.
Na MP, Lula diz que os recursos necessários à abertura do crédito de R$ 7,56 bilhões “decorrem de superávit financeiro apurado no Balanço Patrimonial da União do exercício de 2007”.
Ou seja, o dinheiro não virá da arrecadação do Tesouro Nacional de 2008.
Alguns consultores da Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional disseram ontem que têm dúvidas se o presidente da República pode mudar, por meio de medida provisória, o limite para gastos com pessoal fixados na lei orçamentária.
Na avaliação deles, essa mudança teria de ser feita por meio de projeto de lei.
As informações são do jornal O Estado de S.
Paulo.
Da Agência Estado