Do G1 A CPI mista dos Cartões realizará uma sessão secreta na manhã da próxima terça-feira (20) para ter acesso aos depoimentos prestados na Polícia Federal pelo secretário de controle interno da Casa Civil, José Aparecido Nunes Pires, e por André Eduardo da Silva Fernandes, assessor do senador Álvaro Dias (PSDB-PR).

O depoimento de ambos na própria CPI será prestado de forma aberta na seqüência da sessão secreta.

Laudo preliminar do Instituto de Tecnologia de Informação (ITI) mostrou que José Aparecido repassou o dossiê com dados do governo Fernando Henrique Cardoso para Fernandes.

O secretário da Casa Civil depõe na PF nesta sexta-feira (16).

Fernandes já prestou depoimento na semana passada.

A decisão da presidente da CPI, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), de realizar uma sessão secreta é para evitar que haja vazamento de informações, uma vez que o inquérito da PF corre em segredo de justiça.

A CPI pode receber ainda nesta sexta-feira a íntegra dos depoimentos, que serão trancados em um cofre.

Marisa nega qualquer possibilidade de adiamento dos depoimentos dos servidores. “Não vejo nenhuma razão de postergar a oitiva”.

Ela defende que se faça uma acareação entre José Aparecido e Fernandes caso os depoimentos à CPI sejam contraditórios. “Se houver declarações conflitantes, temos que aprovar um requerimento de acareação”.

O relator da CPI, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), concorda com o formato escolhido por Marisa. “O ideal é que um membro da CPI faça a leitura e que não sejam distribuídas cópias”, disse o petista ao G1.

Luiz Sérgio ressalta que apesar de fazer parte do escopo da CPI, a investigação sobre o dossiê não pode ser o foco dos trabalhos. “A questão relativa ao vazamento é importante, mas não é o foco principal da CPI, que investiga o uso de cartões corporativos e contas tipo B”.

Ele acredita que somente a PF será capaz de resolver o caso do dossiê