O tempo anda quente nos bastidores do Partido Verde (PV) de Pernambuco.

Trata-se de mais um capítulo da corrida eleitoral do Recife.

Nos bastidores, grupos ligados ao pós-socialista Raul Jungmann acusam o PMDB de tentar tomar-lhe na marra a legenda, que tem três minutos no Guia Eleitoral.

Ainda há pouco, na CBN, o vereador Augusto Carreiras, do PV, criticou abertamente o PMDB, citando até o nome de Cargos Augusto, da executiva nacional do PV, mas ligado a Jarbas Vasconcelos. “É uma viúva de Raul Henry, com serviços comerciais prestado a MCI (Antônio Lavareda, que fará a campanha do PMDB)”, criticou.

O rolo começou a fermentar nesta quarta-feira, quando a executiva nacional do PV nomeou quatro nomes (de mulheres) para a executiva estadual.

O episódio está sendo interpretado como uma intervenção branca, na medida em que são ligados a Carlos Augusto.

Com as nomeações, o representante da executiva nacional teria maioria e controle do PV na executiva estadual.

São nove no total e dois já seriam ligados a Carlos Augusto.

O partido deve reunir-se hoje à tarde.

Há quem fale que o presidente do PV, João Braga, poderia até entregar o cargo, desgostoso com a situação. “Tomaram o PV dele.

O partido virou uma sub-legenda do PMDB”, afirmam, fontes ligadas ao partido.

O PPS também não está gostando nada da operação porque não planeja ficar refém do PMDB de Raul Henry.

O vereador Daniel Coelho, do PV no Recife, diz que a intervenção não procede porque a aliança com o PPS estaria mantida e não seria desfeita pela Executiva Nacional.

No entanto, é inegável a perda de poder de João Braga nos desdobramentos.