O presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH), senador Paulo Paim (PT-RS), lamentou antes da reunião que discute os conflitos na reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, a saída da ministra Marina Silva, do Ministério do Meio Ambiente, segundo informações da Agência Senado.
Para Paim, Marina é um “ícone brasileiro e mundial, candidata ao Prêmio Nobel da Paz”.
Ele acrescentou ainda que o governo perde muito, mas acredita que, no Senado, Marina Silva continuará sua defesa do meio ambiente.
Também antes de abrir a comissão, ele lembrou que o conflito entre a comunidade indígena e os produtores de arroz vem acontecendo de forma permanente, com a morte de muitas pessoas.
Na opinião de Paim, é correta a posição do Lula da Silva e do ministro da Justiça, Tarso Genro, em relação à manutenção da terra aos povos indígenas.
A reserva, de 1,7 milhão de hectares, foi homologada por decreto presidencial em 2005, mas ações questionam a demarcação em área contínua no Supremo Tribunal Federal (STF).
No local vivem cerca de 20 mil indígenas, não-indios e há fazendas de produção de arroz.
Uma operação da Polícia Federal de retirada da população não-índia do local provocou protestos e foi suspensa pelo STF.
Dia 5, nove índios foram feridos a tiros por seguranças da fazenda Depósito, do arrozeiro Paulo César Quartiero, quando entraram na área e construíam casas.
Da Agência Estado