Da Editoria de Política do Jornal do Commercio Depois de um longo período de espera e muitas especulações, o ato de formalização da frente de apoio à candidatura do secretário municipal de Planejamento Participativo, João da Costa (PT), à Prefeitura do Recife, foi, enfim, marcado.

Acontecerá no próximo dia 23, às 11h, reunindo legendas como PT, PTB, PDT, PR e, finalmente, o PSB, do governador Eduardo Campos (PSB), sobre quem pairava uma eterna dúvida a respeito do engajamento na campanha.

Eduardo, no entanto, já confirmou presença no evento, que ainda não tem local definido.

Resta saber se, até lá, o PMN já terá se decidido pela composição com João da Costa. “Será um ato político, com as principais lideranças dos partidos.

Acho, inclusive, que é importante a presença não só dos dirigentes, como dos parlamentares e dos proporcionais, que serão importantes na campanha”, anunciou ontem João da Costa.

A atividade iniciará uma nova etapa da pré-campanha.

Com as adesões oficializadas, começa o trabalho de escolha do comando da campanha e, principalmente, de definição do candidato a vice. “Nosso objetivo inicial era juntar o maior número de partidos já no primeiro turno.

Acho que esta tarefa estará cumprida.

A partir daí, atuaremos coletivamente, inclusive aprofundando a questão da vice”, confirmou o secretário.

O petista admitiu que continua conversando com outras legendas, na intenção de atraí-las ao seu palanque. “Esperamos que os entendimentos com o deputado Sílvio Costa (presidente estadual do PMN) avancem”, exemplificou João da Costa.

O parlamentar não foi encontrado, ontem, pelo JC.

A explicação do Palácio para a demora de Eduardo em oficializar seu apoio foi a de que não havia pressa, pois ele já tinha se comprometido a estar no palanque petista.

O governador estaria mais preocupado em resolver a sucessão em outros municípios, onde existia, de fato, dificuldade em compor com a base, a exemplo de Caruaru e Olinda.

Nos bastidores, entretanto, sempre foi comentada a intenção do Palácio de “amarrar” a disputa de 2008 com a de 2010, quando o governador deve disputar a reeleição.

A definição da data do evento foi precedida de uma série de desencontros que findaram por gerar mais rumores sobre a adesão dos partidos à postulação do PT.

O prefeito João Paulo chegou a anunciar um ato do PDT em prol de João da Costa, que terminou sendo desmarcado.

Lideranças municipais da sigla reclamaram que sequer haviam sido informadas da decisão da cúpula do partido de apoiar o secretário e queixaram-se da falta de diálogo com o postulante.